quinta-feira, 23 de outubro de 2014

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Tia Chester *



Tia Chester*

Tia Chester ....... A senhora soube da fofoca que rolou por aqui? Dizem que o Tio Fortinho transportou produtos de outros em seu carrinho, que não era o carro fortinho. Contam que entrou, em casa alheia, junto com o Tio Ladrão. Os dois entraram na casa da Tia professorinha. Os vizinhos falaram que um carro particular entrou e saiu pela garagem, enquanto o Tio Marido da Tia Professorinha estava hospitalizado. Entraram com a desculpa que estavam “ajudando” na mudança.

Sabemos que a senhora vai defender a ação da invasão. A senhora já deixou claro que quem morou em uma casa e não pagou, deve ter seus bens subtraídos. Mas foi uma grande sacanagem entrar na casa alheia, em condições suspeitas, escondido pela garagem, e com a chave do morador, a chave do Tio Marido. Sabe lá o que fizeram na ausência dos moradores. Vocês até parecem uma família de ratos..... Rsrsrs. .. rsrsrs....  Adoram subtrair coisas escondidos kkrsrs.. Dá ate para criar um historia com dois ratinhos principais. Merença e Aluizo. Até já imagino uma história da Merença gritando pelo Aluizo.
─ Aluizo, troca o fuzil que tá quemado.
─ Aluizo troca a lampa que quemô.
─ Aluizo vai compra papel alumino na Lurdi.

Vou pensar em escrever uma história. Falar dos tapaué que a Merença tem.




E o Tio ladrão? Vez por outra nos lembramos de seu irmão. O Tio Marido fala: Basta andar pela casa, por uma casa, qualquer casa. Obsevar o que tem e dar falta de alguma coisa que tínhamos. Lembrar-se de algo que ratos levaram ou se apropriaram. Tinham muitos ratos naquelas casas, corriam pelos esgotos e entravam sorrateiros na casa quando não tinha ninguém.

Só tem algo que não entendemos. Como pode um bando de analfabetos, se interessarem por livros. Achamos que os livros que sumiram, foi por pura e simples sacanagem. Sumiram ferramentas também, mas com certeza foi o Tio Ladrão. Falar em Tio Ladrão, veio a lembrança da Tia Peteka, que chamava ele de Tio-padrinho. 

Quando a Tia Professorinha se mudou, o Tio Ladrão fez um arrastão na casa. Como pode ser dito no direito: Fez uma apropriação indevida de bens que não lhe pertenciam. Até acreditamos que como considerava aquela casa o seu covil, interpretou como sendo sua propriedade tudo que se encontrava lá dentro. E deve se sentir orgulhoso por deixar uma parte da mudança sair. 

A ratinha casada com o Tio Ladrão, também nunca nos enganou. Gostava de fazer caridade com a esmola alheia. Arrecadava doações para chegar à igreja e dizer que era a sua colaboração para os pobres que a igreja ajudava. Com certeza se apropriou de bens para dar presentes e fazer agrados na vizinhança. Mas um dia a casa cai e o castelo que construíram com os bens alheios vão cair sobre suas cabeças. Em uma casa de praia a tal ratinha, levava para casa da baixada até pano de chão que o Tio Marido levava como contribuição à casa de praia.

Sabemos que o Tio Ladrão anda muito adoentado. Não pode fazer muito esforço, cansa rápido.. Vai ver esta cansado de carregar coisas que não lhe pertenciam  .... rsrs. Coitado agora pode até pegar coisas dos outros, mas não pode carregar... Chega ser cômico. 

E a senhora heim? A senhora não me engana, deve ter participado na divisão dos bens alheios. Sei que a senhora gostava daqueles sinos da felicidade que faziam sons ao embalançar com o vento. E como mora longe fica difícil uma interceptação. Como a senhora é cobra criada soube levar com discrição.

* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência.

Rio de Janeiro/RJ ─  17/10/2014







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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lições da Vida – Catita Fofoqueira



Lições da Vida – Catita Fofoqueira

Lições da Vida ( I ) ou Catita Fofoqueira

Parábolas e historias trazem lições, para ficar na memória. Lições de aprendizado e conhecimento, e aqui poderia ser a historia ou a parábola de catita fofoqueira.

Ao longo do tempo, a vida nos traz lições. Lições que podem ser visualizadas, reconhecidas, interpretadas e aprendidas. Cada um pode ter sua sina, e cada um tem a opção de analisar a própria história, e a opção de querer aprender ou mudar, evoluir e melhorar. Cada um tem a opção de repetir cenas e doses, castigos e remédios a partir das lições que a vida oferece. 

E a visualização das lições pode ser mais bem entendida e compreendida por quem esta de fora. Por quem esta de fora, aberto a evoluções, observações e analises. Quem observa um histórico e analisa um presente. Não importa o sujeito não aceitar, mas fica fácil diagnosticar. Daí a razão de médicos e psicólogos participarem de um processo de cura do paciente. 

E segue aqui a lição de um fofoqueiro de São João, com hábitos de catita. O grande fofoqueiro de São João, que alem ter modos de catita, também parecia um bem-te-vi, olhando aqui e ali, corria para contar ao outro o que viu. Na espreita de um muro ou portão não passava alguém bom. Por muito tempo contou o que viu aqui e acolá, e fez a escola a do netinho. Pagou sua escola tradicional, do netinho, e foi orientador na especialização de ver e correr para fofocar. Como um bem-te-vi ainda pequenininho, já sabia observar e correr a contar para quem não estava de plantão na tarefa de espiar.

Comprimentos e cumprimentos: Distribuíam cumprimentos aos passantes. O vovô, a vovó e o netinho faziam plantão do amanhecer ao anoitecer. Era bom dia, boa tarde, e boa noite, para quem passava na rua e era visto do muro ou do portão. Depois de o vizinho passar, e olhar pelas costas, com um bom comprimento, na distancia, para que não pudesse escutar, vinha uma frase jargão: aquele (a) ali não vale nada. Mal sabiam que junto com a pessoa poderia ter passado um espelho.

E a vida lhe trouxe um câncer na garganta, necessitando ser operado. Ficando com a sonorização da voz alterada, parecendo voz dublada do Pato Donald. Por necessitar de muito esforço para falar, passou a gesticular e emitir sons indecifráveis. Diminuiu o falar e passar usar as mãos para gesticular. Gesticulando poderia carregar o que via, e podia fazer sem ninguém notar. Levava o que via e o que podia, tal como catita. Os que lhe eram próximos soberam do seu câncer cuidar. 

A partir de visões fisiológicas e patológicas, medico aqui e exame ali dependia de outros para se cuidar, pois não podia mais falar. Talvez tenha perdido as chances de a alma melhorar, já que novas patologias, com novas lições estavam prestes a chegar. 

Depois de anos como fumante, a fumaça abrandou bastante ao seu redor, deixando lembranças impregnadas em seu pulmão. Com uma redução na capacidade de respirar, aumentando o seu cansar. E a vida lhe trouxe outra lição. Depois de tanto furtar, agora não se sabe se furta, mas com certeza não pode mais carregar.


Rio de Janeiro/RJ ─  23/09/2014







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Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento

Key Words: management; quality;  knowledge




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Roberto Cardoso




domingo, 21 de setembro de 2014

Aluizo e Merença



Aluizo e Merença



Em um parquinho chamado Araruama conheceram-se os dois ratinhos. Faziam presença pelo parquinho correndo entres dálias e crisântemos; magnólias e rosas; cravos e cravinhos. Desde pequenos já corriam por ruas e valas do parquinho, crescendo e aprendendo com atitudes suspeitas, como dois ratinhos, e bem safadinhos. 

Com um cravo roubado na praça e preso na lapela, foi com Merença se casar. Com um lenço e pregadores na cabeça vindo do varal alheio, emprestados e não devolvidos, ela resolveu aceitar. Montaram sua casinha com o faqueiro e a faiança da vizinha. Perderam a confiança da vovó e da vovozinha. Tiveram filhos e filhas, inhas e inhos.

Evoluíram e construíram uma boa casa em uma baixada. Com gatos na luz e na água puderam ter uma piscina. Muxibenta e com um sutiã rasgado ela tomava banho e caldo na piscina. Enquanto ele ia tomar cachaça e fofocar no bar da esquina. Nobres e cultos que eram, ficavam e estavam bem informados com as noticias do Brasil e do mundo. Todos os dias e todas as semanas, com jornais e revistas de assinantes, surrupiados de vizinhos.  Com TVs a gato e Gato Net tinham acessos a mídias televisivas.

Aluizo teve uma infância vigiada e controlada. Vestido de camisola ficava em casa preso para não fugir. Como um ratinho bonitinho e santinho, preso e correndo em seus brinquedos de gaiola, vestido com uma camisola da irmãzinha, a tia chester.

Aluizo e Merença eram uns promissores, um casal de roedores. Roedores que reviravam casas na ausência de seus moradores. Mexiam desde as geladeiras e armários procurando guloseimas para comer avidamente, mexiam em armários e estantes procurando estratégias e estratagemas.  Estratagemas que pudessem sair cantando, espalhando entre as flores do parquinho. Cantando e fofocando pelas ruas como canta o bem-te-vi. 

Seguiram o exemplo de sua mãe e seu pai. Tornaram-se dona de casa e navegador, exímios fofoqueiros e vigiadores da vida alheia. Corriam para lá e para cá em um barquinho pelas águas da Guanabara, em barquinho a motor. E com um Gordini velho no parquinho se dizia senador, tomando aguardente velha e cerveja quente no barzinho bem retrô.

Desde pequenininha Merença frequentava o parquinho, para ficar em um balanço quando Aluizo aparecia para embalar. Estavam ali pra ver e amostrar o que Merença tinha debaixo do shortinho. O shortinho para disfarçar o que era uma sainha bem curtinha, que no balanço, ao balançar para lá e para cá mostrava a calcinha. Calcinha suja de barro vermelho, vindo lá de outras bandas onde nasceu.

Com seu barquinho saiam e saíam para navegar, onde desde cedo aprenderam coisas do arco da velha com óleos de motor. Puxando barcaças de óleo tornou-se corretor, de óleo adulterado e de óleo barganhado, óleos não embarcados. Como dois ratinhos experientes atracavam e abandonavam rapidamente o barquinho, ao ouvir a sirene dos barcos vigilantes.
Enquanto ela fez perfil em rede social, ele fez perfil de quem não vale nada, usando de suas próprias palavras. Fizeram perfil e carreira de aproveitadores de filhos. Aprendeu a consertar maquina de lavar, desmontar e montar carros. Enquanto ela aprendeu a fazer comida em ‘pirek’ e ‘marineck’ dos outros. Torceram ‘pro framengo’ na geral do Maracanã.

RJ 21/09/2014
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http://papagaiosdepiratas.blogspot.com.br/2014/09/aluizo-e-merenca.html